24/01/2010

[panos vermelhos]










Chegamos em frente ao pet shop da esquina e ele não estava fechado. É difícil encontrá-lo aberto, pois dificilmente acordamos antes das 5 da tarde. Na loja, algumas tigelas para alimentar animais domésticos estavam à venda. Comprei uma tigela para gatos, embora ainda não houvesse decidido com precisão que tipo de animal estava do[a]mando – uma cachorra obediente, uma gata manhosa ou uma tigresa selvagem [unhas e dentes prontos para rasgar, e rasgam - brincadeira de filhote]. Porém, esse último animal ainda não me foi mostrado com clareza – ela o temia ou imaginava que eu o temesse –, embora eu o visse em pequenos deslizes, nas bordas dos olhos, nos cantos do corpo.


Não foram necessárias muitas cervejas: ela se apoiava de quatro na mesa. De quatro, mas não nua, uma única peça no corpo: um short, curto. Não peguei todos os instrumentos, apenas os que, na hora, me chamaram a atenção. Primeiro o chicote, pois precisava, como algum viciado, ver seu rabo vermelho, cortado e marcado; foi preciso retirar o short [apenas até os joelhos]. Ferir ou marcar as nádegas com um chicote é um vício sem tratamento e um prazer extraordinário: procurar pequenas diferenças entre as áreas a serem atingidas, mirar, explorá-las, calcular a força, observar quando a dor aumenta ou diminui, escutar os gritos e, enfim, chicotear diretamente o cu ou a região mais próxima.


Machucar o cu e em seguida lambe-lo e beijá-lo, exatamente como duas bocas apaixonadas se beijam longamente.


Não é sempre que posso privá-la de respirar, não por ela, mas por mim. A intensidade não pode ser completamente controlada, é como um CsO, no limite, leva a morte – e as vezes é exatamente o que queremos. Não importa, em seguida ela estava deitada no chão, com os olhos vendados [panos vermelhos]. Aguardava algo, sem saber o que. Urinei por todo o seu corpo, os peitos, a barriga, a buceta e a boca. A visão dela vendada e deitada sobre a poça me excitou demais e precisei fazer algo que não planejei. A coloquei de quatro e, ajoelhados na poça de mijo, meti no seu rabo até gozar. Ela gritou. Eu me levantei, ela permaneceu na mesma posição para se arrastar e encontrar o seu novo presente. Bebeu como uma cachorrinha em sua tigelinha felina. Sua imagem de quatro bebendo como um animal doméstico me deu ainda mais vontade de fude-la, precisei fuder seu cu novamente, e novamente gozei.


[pano branco]




Outro dia, outro fósforo, outra vida, outra cor, declarei [embriagado e dopado]: “hoje é meu dia de sentir dor”. E senti: palmatórias para as nádegas, unhas para as costas e braços, também para a tatuagem e o rosto, língua para o cu, humilhação para os ouvidos, cera quente de velas para as costas e a bunda, cinta, para finalmente enrabar [uma frase: “me machuca”]. Mas nada se compara aos meus olhos vedados [pano branco] e o líquido quente que escorre pelo corpo e pela cama, que entra na minha boca e molha o meu pênis. Ainda com o corpo cheio de urina, sorri, e dormi.

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