fiz conforme pedido, ou quis experimentar por mim mesmo;
anamnese, mais ou menos 6 meses;
“não siga o caminho de dentro”, advertiram os sacerdotes pagãos;
mas fui.
reencontrei a lâmina aidética, a vergonha transexual, o gelo da droga, o oco do quarto juvenil, a beira do suicídio, a tentação do fim, os corredores de hospital, o coquetel, o vômito dos médicos, o tédio dos adictos e, enfim, a violência contra o amor – sádico fantasmagórico, masoquista assustador.
órgãos machucados e perfurados, peso;
encontrei assim dois grandes erros de uma Era: o equívoco da memória e o absurdo da interioridade;
nada posso contra a lâmina aidética e seus outros fantasmas.
posso algo além deles, não curar, mas perder, não cicatrizar, mas refazer;
uma nova organização, um novo programa: ser invadido.
experimentar.
uma linha nova, nela posso morrer, e vou, mas vou.
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