31/10/2009



O masoquista saiu sob a luz do dia. Perdeu quase tudo que, um pouco sem querer, construiu durante a vida.

Ele era o Destruidor. O Noturno. Seu desafio era viver sem tradição. Ninguém, nem mesmo ele, sabe quem o desafiou. Foi assim que ele fugiu por todos os lados. Não queria ser uma classe, se escondeu onde era pária, não queria estar por perto.

Batizou-se ateu em chuva dourada e encontrou sua Senhora, sua maior criação.

Ele foi castigado. Finalmente, dor. Recebeu suas tarefas, suas palmadas, foi rebaixado, rastejou, deitou-se e esfregou o rosto no mijo empoçado no chão de sua sala e sorriu. Foi queimado, chicoteado, cortado e estuprado – vela, palmatória, gilete e cinta. Foi puxado como um animal doméstico na frente de seus amigos e lambeu órgãos genitais masculinos na zona de prostituição. O masoquista ficou de quatro, teve seu cu exposto e, em seguida, chicoteado. Descobriu com prazer que adorava os golpes que o atingiam diretamente no ânus.

O masoquista saiu sob a luz do dia. Perdeu quase tudo que, um pouco sem querer, construiu durante a vida.

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